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Arquivo mensal: abril 2011

Coletividade e espelhos.

Um papelzinho de bala cai no chão (ou melhor, é jogado). Em uma casa, alguém toma um banho de uma hora. A calçada e o carro da vizinha são lavados com mangueira. Ninguém se manifesta. Uma empresa despeja seu lixo na beira do rio. Arrozeiros desviam o rio para ganhar mais lucro em suas plantações. A população centuplica em locais de risco à natureza e a si próprios. Por que é necessária uma tragédia para as pessoas deixarem de se omitir?

Renato Russo já cantava:

Nos deram espelhos / E vimos um mundo doente.

Eu sei que essa música foi criada para o contexto da exploração indígena na época da colonização, mas ela não faz total sentido nesse contexto? Nosso mundo está realmente doente (que rima feia!) e nós não temos feito nada para curá-lo. Digo nós, porque eu sou um grande exemplo de como não ser consciente. Admito, tomo banhos de meia hora, já joguei muito lixo fora da lixeira por preguiça, … Porém, chega uma hora que tu tem que te conscientizar! Não é questão de fazer a tua parte e achar que isso basta! NÃO!

A questão real é FAZER! Não interessa a parte de quem, se é a minha ou a tua. Um espírito coletivo é bem inovador num mundo que hoje é tão individualista (esse, porém, é assunto para outro texto).

Quem sabe se cada um fizer parte de um todo, ao invés de olhar apenas pro seu, quando nós dermos espelhos para alguém no futuro, esse alguém seja capaz de ver um mundo em processo de cura.

 
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Publicado por em 13 de abril de 2011 em Uncategorized